Mora em mim nas entranhas escuras do meu ser
Este bicho um tanto desconhecido que me assombra.
Não aparenta vida
E tampouco avisa, quando surgirá deste submundo do meu EU.
Sorrateiramente
Vem à luz
Estraçalhar o que e a quem conseguir.
Dilacera meus valores
Devora partes de mim
Ataca outrem
Me joga no fosso da vergonha e na rapidez que surge, se vai.
Não há explicação
Sinto-me como um animal
Irracional e instintiva
Que em segundos ataca sua vítima
Invade suas vísceras e recolhe-se à sombra
A sombra que habita meus recônditos.